[Esta seria a Selecção Nacional perfeita se juntássemos os melhores e os mais notáveis portugueses dentro de campo]
O Benfica tem o Barbas? A Selecção tem o zarolho do Camões!
Comentários de Artur Agostinho e Pedro Álvares Cabral
Artur Agostinho - Boa noite caros telespectadores, hoje é um
grande dia para Portugal e para os portugueses, é o jogo de estreia do novo
Estádio Nacional… Estádio do Jamor!
O treinador e fundador da Selecção Nacional Sir Afonso Henriques, já há
mais de 50 séculos a comandar esta missão, convocou mais de 12 jogadores para
este jogo.
Constituição da
equipa:
1 - Salgueiro Maia
2 - Salazar
3 - Fernando Pessoa
4 - José Saramago
5 - Raúl Solnado
6 - Almeida Garrett
7 - Álvaro Cunhal
8 - Eça de Queiroz
9 - Vasco Santana
10 - Gago Coutinho
11 - Vasco da Gama
12 - Joaquim Agostinho
13 - Gil Vicente
Estamos a escassos minutos para o início do embate e vamos começar por
ouvir o Hino Nacional cantado pela nossa fadista Amália Rodrigues.
Os jogadores estão muito atentos porque a maioria deles está a ouvir o
Hino pela primeira vez… Salgueiro Maia é o único a bater continência.
Antes de começar o jogo, os jogadores formam um círculo no meio-campo,
para fazer 1 minuto de silêncio em
memória de todos aqueles que já faleceram… é 1 minuto por todos nós.
Agora sim, finalmente o árbitro da partida, o senhor Marquês de Pombal,
dá o apito inicial e começa o jogo aqui no Jamor.
O que acha desta equipa, Pedro?
Pedro Álvares Cabral - Bom, na minha opinião, acho que Portugal
vai longe com esta nova geração de jogadores, penso que o jogador mais velho
que eu, só o capitão da equipa… Vasco da Gama. Conta com muita experiência
nestas marés.
Artur Agostinho - Muito bem. Portugal tem a posse de bola, perde
a bola, recupera a bola, perde de novo a bola… sempre foi assim ao longo dos
anos… agora é Salazar quem tem a bola, não dá a bola a ninguém, Salazar é um
jogador individualista e muito autoritário… Salgueiro Maia faz-lhe um carrinho
por trás e tira a bola ao seu compatriota… Portugal está a jogar mais pela
esquerda com Álvaro Cunhal a empurrar a equipa pra frente, manda a bola para o
seu colega José Saramago mas este não consegue apanhá-la… tropeça sozinho e cai
desamparado…até parece um ensaio sobre a cegueira… a massagista Sophia de Mello
Breyner já está em campo e vem assisti-lo. Saramago está mais velho que o
treinador e por este andar vai morrer em 2010…
Fim da primeira parte, vamos para intervalo, voltamos já.
Entretanto, Amália Rodrigues dá-nos um toque do seu encanto com o tema
‘Uma Casa Portuguesa’, dedicado a todos os portugueses com certeza.
Vejo dentro de campo apenas dois jogadores: Almeida Garrett a juntar as
‘Folhas Caídas’ e Eça de Queiroz à procura dos ‘Maias’.
O resto da equipa já voltou dos balneários para começarmos a 2ª parte
do encontro. Pedro, vês alguma alteração no plantel?
Pedro Álvares Cabral – Sim Artur, pelo que sei, saiu José
Saramago e entrou Joaquim Agostinho para dar velocidade a este jogo… e ainda há
mais uma ausência nesta segunda parte, ao que parece, Fernando Pessoa fumou
demasiado Ópio no intervalo e agora está a descansar o fragmento do ‘eu’ no
balnear, para o seu lugar vai entrar em campo Gago Coutinho, este é um daqueles
jogadores que leva o público às nuvens.
Eu, sinceramente, acho que o Sir Afonso Henriques deveria fazer como o
‘Felipão’ e apostar mais nos brasileiros e não tanto nos portugueses. Espero
que o Lula da Silva quando morrer tenha um lugarzinho nesta equipa.
Artur Agostinho – Obrigado, Pedro, pelas tuas informações. Já se
sabe que foste tu que descobriste o Brasil.
Agora sim, Portugal recomeça o jogo…
Não fui capaz de escrever a segunda parte do jogo… O que acham desta Dream Team?
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