quinta-feira, 27 de outubro de 2011

As velhinhas


Querida avó, tu sabes que eu gosto muito de ti mas não posso deixar de falar nas velhinhas. Estas que são as primeiras pessoas a dizerem que a juventude vai de mal a pior e que nós jovens não respeitamos os idosos… Mentira!

Quantas vezes nós já demos o nosso lugar, no comboio ou no autocarro, às velhinhas? Quanto tempo nós perdemos por dia por esperar que uma velhinha passe devagarinho numa passadeira (mesmo quando está sinal vermelho para os peões) ou que suba as escadas do nosso apartamento? Ah pois.

É verdade, também, que normalmente as vítimas preferidas dos ladrões são as velhinhas mas isso é porque elas são muito lentas a reagir. Proponha às velhinhas que se inscrevessem em aulas de autodefesa (tinha piada ver uma velhinha na rua a oferecer porrada aos gangsters).

O que mais me irrita nas velhinhas é que estão sempre a se queixar de duas coisas: é da saúde e também, portanto, da saúde. É de manhã à noite, passam o dia constantemente a dizer que têm dores e cada dia é uma dor nova numa zona diferente. Maravilha.

 E depois é a questão das farmácias… como diz o meu irmão: as farmácias são as montanhas-russas das velhinhas, é verdade, aquilo para elas é um género de Centro comercial no Natal porque querem levar tudo e mais alguma coisa de lá.

Imaginem uma velhinha numa farmácia:

- Olhe doutora, eu hoje não sei o que se passa comigo mas não tenho dores, dê-me aí uns comprimidos para isto se faz favor.  

Reclamam do preço das coisas, da reforma, dos veículos que são perigosos, dos estranhos que são ainda mais perigosos, cuidado ca noite, cuidado co frio… Porra-se!

 Mas não há criatura mais doce do que as velhinhas. Pelo menos a minha avó que me dá todas as baboseiras do mundo!


Meus amigos, digam-me lá situações córnicas acerca das velhinhas que vocês conhecem...

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