Querida avó, tu sabes que eu gosto muito de ti mas
não posso deixar de falar nas velhinhas. Estas que são as primeiras pessoas a
dizerem que a juventude vai de mal a pior e que nós jovens não respeitamos os
idosos… Mentira!
Quantas vezes nós já demos o nosso lugar, no
comboio ou no autocarro, às velhinhas? Quanto tempo nós perdemos por dia por
esperar que uma velhinha passe devagarinho numa passadeira (mesmo quando está
sinal vermelho para os peões) ou que suba as escadas do nosso apartamento? Ah
pois.
É verdade, também, que normalmente as vítimas
preferidas dos ladrões são as velhinhas mas isso é porque elas são muito lentas
a reagir. Proponha às velhinhas que se inscrevessem em aulas de autodefesa
(tinha piada ver uma velhinha na rua a oferecer porrada aos gangsters).
O que mais me irrita nas velhinhas é que estão
sempre a se queixar de duas coisas: é da saúde e também, portanto, da saúde. É
de manhã à noite, passam o dia constantemente a dizer que têm dores e cada dia
é uma dor nova numa zona diferente. Maravilha.
E depois é a
questão das farmácias… como diz o meu irmão: as farmácias são as
montanhas-russas das velhinhas, é verdade, aquilo para elas é um género de Centro
comercial no Natal porque querem levar tudo e mais alguma coisa de lá.
Imaginem uma velhinha numa farmácia:
- Olhe doutora, eu hoje não sei o que se passa
comigo mas não tenho dores, dê-me aí uns comprimidos para isto se faz favor.
Reclamam do preço das coisas, da reforma, dos
veículos que são perigosos, dos estranhos que são ainda mais perigosos, cuidado
ca noite, cuidado co frio… Porra-se!
Mas não há
criatura mais doce do que as velhinhas. Pelo menos a minha avó que me dá todas
as baboseiras do mundo!
Meus amigos, digam-me lá situações córnicas acerca das velhinhas que vocês conhecem...
Meus amigos, digam-me lá situações córnicas acerca das velhinhas que vocês conhecem...
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