segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sou feio mas não me importo


Eu sou feio mas não me importo. Quero dizer, eu não sou assim tão feio…o meu espelho é que é.

Na verdade eu até tenho uns olhos bonitos, são redondinhos e tal, mas há duas coisas que me preocupam, que são: as orelhas (o meu pai me chama de Dumbo) e os dentes da frente (grandes, um pa trás e outro pa frente parece que estão a fazer o moonwalk).
            Esta imagem parece o 'Artolas' >>


A minha melhor característica é o facto de ser um magricela, eu digo a ‘melhor’ porque consigo passar debaixo das portas e no intervalo da chuva. É só vantagens. O pior é que quando como um tremoço o pessoal começa logo a dizer que eu estou a engordar. Sempre a mesma coisa.

A razão de eu ser assim tão magrinho é que eu cresci tão depressa que nem me deu tempo pra comer nada. Agora que parei de crescer tou com uma fome danada. Até rima.

Mas eu não me importo que gozem comigo… já estou habituado.

A minha maior vergonha é no verão, quando vou para a praia, vejo a malta toda com alto ‘cabedal’ e eu ali que pareço um ‘pau de virar tripas’… um dia um pescador veio ter comigo e perguntou se eu queria ser a minhoca pra fazer de isca. Eu só recusei porque sei que os peixes não mordem ossos…

Sinto-me uma vítima do Holocausto... não se brinca com coisas sérias.

Deixa ver mais qualidade que eu tenha… ah já sei, tenho uns pulsos tão finos que uso ‘filipinos’ pra fazer de pulseiras. É verdade. E há alturas do ano em que eu chego a ter uma ‘monocelha’… Altamente!

Ao contrário das raparigas magrinhas, eu não me olho ao espelho e entro em depressão por pensar que estou gordo… eu sei que sou magrinho, porque posso comer tudo o que eu quiser que não consigo engordar, e sei que vou ser assim pra sempre… vendo bem até não é uma coisa má.

Mas também já me imaginei no futuro, bué magrinho e depois com uma enorme pança de cerveja. Lindo, só falta o bigode!

Eu acho que todos nós devíamos ter a noção e conhecer bem os nossos defeitos e as nossas qualidades. Sejamos como formos, o nosso principal objectivo na vida é sermos felizes. Quem fala assim não é gago… é feio!



Gozem mas não comentem!



sábado, 29 de outubro de 2011

Selecção Nacional – Dream Team


[Esta seria a Selecção Nacional perfeita se juntássemos os melhores e os mais notáveis portugueses dentro de campo]


                           O Benfica tem o Barbas? A Selecção tem o zarolho do Camões!





Comentários de Artur Agostinho e Pedro Álvares Cabral

Artur Agostinho - Boa noite caros telespectadores, hoje é um grande dia para Portugal e para os portugueses, é o jogo de estreia do novo Estádio Nacional… Estádio do Jamor!
          
O treinador e fundador da Selecção Nacional Sir Afonso Henriques, já há mais de 50 séculos a comandar esta missão, convocou mais de 12 jogadores para este jogo.

Constituição da equipa:

1 - Salgueiro Maia

2 - Salazar

3 - Fernando Pessoa

4 - José Saramago

5 - Raúl Solnado

6 - Almeida Garrett

7 - Álvaro Cunhal

8 - Eça de Queiroz

9 - Vasco Santana

10 - Gago Coutinho

11 - Vasco da Gama

12 - Joaquim Agostinho

13 - Gil Vicente


Estamos a escassos minutos para o início do embate e vamos começar por ouvir o Hino Nacional cantado pela nossa fadista Amália Rodrigues.

Os jogadores estão muito atentos porque a maioria deles está a ouvir o Hino pela primeira vez… Salgueiro Maia é o único a bater continência.

Antes de começar o jogo, os jogadores formam um círculo no meio-campo, para fazer 1 minuto de silêncio  em memória de todos aqueles que já faleceram… é 1 minuto por todos nós.

Agora sim, finalmente o árbitro da partida, o senhor Marquês de Pombal, dá o apito inicial e começa o jogo aqui no Jamor.

O que acha desta equipa, Pedro?

Pedro Álvares Cabral - Bom, na minha opinião, acho que Portugal vai longe com esta nova geração de jogadores, penso que o jogador mais velho que eu, só o capitão da equipa… Vasco da Gama. Conta com muita experiência nestas marés.

Artur Agostinho - Muito bem. Portugal tem a posse de bola, perde a bola, recupera a bola, perde de novo a bola… sempre foi assim ao longo dos anos… agora é Salazar quem tem a bola, não dá a bola a ninguém, Salazar é um jogador individualista e muito autoritário… Salgueiro Maia faz-lhe um carrinho por trás e tira a bola ao seu compatriota… Portugal está a jogar mais pela esquerda com Álvaro Cunhal a empurrar a equipa pra frente, manda a bola para o seu colega José Saramago mas este não consegue apanhá-la… tropeça sozinho e cai desamparado…até parece um ensaio sobre a cegueira… a massagista Sophia de Mello Breyner já está em campo e vem assisti-lo. Saramago está mais velho que o treinador e por este andar vai morrer em 2010…

Fim da primeira parte, vamos para intervalo, voltamos já.

Entretanto, Amália Rodrigues dá-nos um toque do seu encanto com o tema ‘Uma Casa Portuguesa’, dedicado a todos os portugueses com certeza.

Vejo dentro de campo apenas dois jogadores: Almeida Garrett a juntar as ‘Folhas Caídas’ e Eça de Queiroz à procura dos ‘Maias’.

O resto da equipa já voltou dos balneários para começarmos a 2ª parte do encontro. Pedro, vês alguma alteração no plantel?

Pedro Álvares Cabral – Sim Artur, pelo que sei, saiu José Saramago e entrou Joaquim Agostinho para dar velocidade a este jogo… e ainda há mais uma ausência nesta segunda parte, ao que parece, Fernando Pessoa fumou demasiado Ópio no intervalo e agora está a descansar o fragmento do ‘eu’ no balnear, para o seu lugar vai entrar em campo Gago Coutinho, este é um daqueles jogadores que leva o público às nuvens.

Eu, sinceramente, acho que o Sir Afonso Henriques deveria fazer como o ‘Felipão’ e apostar mais nos brasileiros e não tanto nos portugueses. Espero que o Lula da Silva quando morrer tenha um lugarzinho nesta equipa.

Artur Agostinho – Obrigado, Pedro, pelas tuas informações. Já se sabe que foste tu que descobriste o Brasil.

Agora sim, Portugal recomeça o jogo…



Não fui capaz de escrever a segunda parte do jogo… O que acham desta Dream Team?

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Metam-se no vosso buraco!


Porque é que toda a gente só fala no buraco da Madeira? É o buraco para aqui, é o buraco para ali, fazem piadas sobre isso e eu que sou madeirense, tenho de estar a ouvir os ‘continentales’ constantemente a gozarem comigo. A culpa não é minha, é do tio Alberto!

Todo o mundo nasceu dum buraco semelhante e ninguém goza com isso. Vai-te a fuck!

Acaba por ser estranho as notícias falar do buraco da Madeira… Se fosse “o buraco financeiro da Madeira”, eu não estaria aqui a criticar a cena, mas é que tanto a Madeira como o Continente têm muitos buracos… ou estou errado?

Com isto tudo fiquei com vontade de ir à casa de banho. Já venho…

Olá de novo. Ainda estão a pensar no buraco? Nem eu. Mas já agora gostaria de frisar que o ‘nosso’ buraco não é mais fundo do que o ‘vosso’, até porque vocês gostam muito da nossa banana… Pimbaaaa!

Tou aqui a tripar sozinho e ninguém me acompanha. Enfim…

Não gozo mais com os ‘continentales’, queria apenas lembrar-vos que a hora na Madeira é igual à do Continente, que a Madeira pertence a Portugal e por favor parem de nos imitar falando açoriano, está bem? Obrigadíssimo.

Gostava ainda de falar noutro tipo de buraco, mas depois as raparigas vão dizer que eu sou um tarado sensual e isso é coisa que ainda não sou, portanto… coiso no buraco!



 Povo madeirense, o que é que vocês têm a dizer sobre isto?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Os cortes


Já tou farto de ouvir falar em cortes neste país e o pior é que andam a cortar mal as coisas. Porque é que cortam naquilo que nos faz mais falta (subsídios)?


Há muitas outras coisas que podiam cortar, como por exemplo: os homens das castanhas, que ninguém compra castanhas quando está na rua e aquilo só faz uma fumarada que pode inclusive causar acidentes rodoviários; as estátuas vivas, que este país precisa é de gente a trabalhar não é de gente parada; o jornal ‘O JOGO’, que não interessa a ninguém (pelo menos em Lisboa); a Optimus, que ninguém adere porque é abafada pela TMN e pela Vodafone… Coisas assim!

Pessoalmente, acho que o que deviam de cortar era com o tabaco, porque faz mal… ah mas depois como é que se faziam as ganzas? Pronto deixem estar.

Acabem é com a porcaria das portagens!

Mas também há coisas que devem-se manter e ai daqueles que nos tirem isso, como por exemplo: As casas nocturnas (para não chamar de bordeis); as tascas, que para muitos é a sua segunda casa (ou a primeira); os plasmas e os canais HD, pra malta ver o futebol português com alta qualidade (coisa que é difícil de se ver nos tempos que correm)… podiam era baixar os preços dos bilhetes do Sporting para ver se vai mais gente ao estádio.

                Também deviam de acabar com as marcas estrangeiras. Ficávamos só com lojas e restaurantes portugueses. Ia ser bonito, imaginem:

-Epah ‘curto’ bué o teu casaco, onde é que compraste? – Pingo Doce, claro.

Por mim até podiam fechar todos os McDonalds do país… menos o da minha zona!

E há muitas outras coisas que também não são precisas no nosso país, como por exemplo: chineses; ucranianos; estrangeiros e os não- portugueses, ou seja, os políticos. Quanto aos ciganos, esses já são da família.


Caros 'cidadões' portugueses, comentem o que é que acham que devia ser cortado neste país e o que se deveria manter...

As velhinhas


Querida avó, tu sabes que eu gosto muito de ti mas não posso deixar de falar nas velhinhas. Estas que são as primeiras pessoas a dizerem que a juventude vai de mal a pior e que nós jovens não respeitamos os idosos… Mentira!

Quantas vezes nós já demos o nosso lugar, no comboio ou no autocarro, às velhinhas? Quanto tempo nós perdemos por dia por esperar que uma velhinha passe devagarinho numa passadeira (mesmo quando está sinal vermelho para os peões) ou que suba as escadas do nosso apartamento? Ah pois.

É verdade, também, que normalmente as vítimas preferidas dos ladrões são as velhinhas mas isso é porque elas são muito lentas a reagir. Proponha às velhinhas que se inscrevessem em aulas de autodefesa (tinha piada ver uma velhinha na rua a oferecer porrada aos gangsters).

O que mais me irrita nas velhinhas é que estão sempre a se queixar de duas coisas: é da saúde e também, portanto, da saúde. É de manhã à noite, passam o dia constantemente a dizer que têm dores e cada dia é uma dor nova numa zona diferente. Maravilha.

 E depois é a questão das farmácias… como diz o meu irmão: as farmácias são as montanhas-russas das velhinhas, é verdade, aquilo para elas é um género de Centro comercial no Natal porque querem levar tudo e mais alguma coisa de lá.

Imaginem uma velhinha numa farmácia:

- Olhe doutora, eu hoje não sei o que se passa comigo mas não tenho dores, dê-me aí uns comprimidos para isto se faz favor.  

Reclamam do preço das coisas, da reforma, dos veículos que são perigosos, dos estranhos que são ainda mais perigosos, cuidado ca noite, cuidado co frio… Porra-se!

 Mas não há criatura mais doce do que as velhinhas. Pelo menos a minha avó que me dá todas as baboseiras do mundo!


Meus amigos, digam-me lá situações córnicas acerca das velhinhas que vocês conhecem...

Córnicas

"Córnicas? WTF? este gajo é burro! É Crónicas que se escreve... palhaço pah!"

Pessoal, antes de fazerem este tipo de comentários (que eu fiz a mim próprio) é só pra dizer que aquilo é um trocadilho, foi de pripósito.


P.S.:Vasculhem mas não rasguem!